Como já por vezes aconteceu neste blog, o nosso enredo de hoje trata parte da minha jornada de ontem... não sei se já carregaste no play mas em todo o caso fica o relato:
Levantei-me e despachei as míudas. Fui então à praia e à semelhança de hoje, as ondas estavam pequenas demais para serem condignamente surfadas. Mas ontem nem molhei o fato dado que após o almoço tinha um compromisso lá para os lados da capital... almocei com o meu amigo motard com quem havia acordado levar-lhe a montáda, dado que eu e o trânsito não temos ligação fácil e - tudo corria bem dado que o almoço foi onde já sabes... - não encontrámos a chave. E sem chave não há moto. Mudei o fato casual para um mais solene e fiz-me à estrada, mas de carro.
Entrar no Prior Velho não se adivinhou fácil e acabei por me chatear naquele jogo do 'cabemos todos'.
Por já ter vivido na margem sul, foi-me incutida a regra do garrafão - longe daquela da rolha do PSD - pelo que está-me no sangue a alternância de veículos... 'ora entras tu, ora entro eu'. É básico mas de facto resulta. E importunei-me quando alguém quis ser o 2º 'sim' à minha frente, não desarmei e acabei por ter que sair do carro para meter os pontos nos i's - dado que prefiro amarrotar a pele a alguém que a chapa ao meu carro.
Óbviamente que me senti estúpido. Não deixar alguém passar pareceu-me um objectivo pertinente à altura, mas ao ver o homem refundido atrás dos seus óculos, à rasca enquanto me tirava as medidas, logo alcancei que a minha figura de urso não fugia muito da dele com a excepção que um de nós continuava sentado... expliquei-lhe então que 'um de cada vez seria o mais justo par todos...', mas atrás dos olhos não havia nada. Um grande e assustador vazio. Enquanto o vidro se lhe fechava aumentando a cota da porta, ainda logrei ouvir um 'estes gajos dos ginásios têm a mania que...'.
Segui pior que fulo por virar costas e cheguei meia-hora adiantado o que me deu para ir à Seaside ver as fotos da Mariana e comprar um par de sapatos.Cheguei então ao cenário do verdadeiro episódio ultrapassado que estava este prelúdio.
Por já ter vivido na margem sul, foi-me incutida a regra do garrafão - longe daquela da rolha do PSD - pelo que está-me no sangue a alternância de veículos... 'ora entras tu, ora entro eu'. É básico mas de facto resulta. E importunei-me quando alguém quis ser o 2º 'sim' à minha frente, não desarmei e acabei por ter que sair do carro para meter os pontos nos i's - dado que prefiro amarrotar a pele a alguém que a chapa ao meu carro.
Óbviamente que me senti estúpido. Não deixar alguém passar pareceu-me um objectivo pertinente à altura, mas ao ver o homem refundido atrás dos seus óculos, à rasca enquanto me tirava as medidas, logo alcancei que a minha figura de urso não fugia muito da dele com a excepção que um de nós continuava sentado... expliquei-lhe então que 'um de cada vez seria o mais justo par todos...', mas atrás dos olhos não havia nada. Um grande e assustador vazio. Enquanto o vidro se lhe fechava aumentando a cota da porta, ainda logrei ouvir um 'estes gajos dos ginásios têm a mania que...'.
Segui pior que fulo por virar costas e cheguei meia-hora adiantado o que me deu para ir à Seaside ver as fotos da Mariana e comprar um par de sapatos.Cheguei então ao cenário do verdadeiro episódio ultrapassado que estava este prelúdio.
Entrei numa típica tasquinha versão contentor. Um misto de desafio à ASAE com licenciamento género carta de condução dos célebres mata-velhos ou pápa-reformas se preferires. Uma senhora de quase cinquenta anos estava em amena cavaqueira com um cliente regular - sem o cariz proxenêta da expressão.
Quando julgou pertinente, fez a obséquia de me atender. Pedi-lhe um café para acompanhar uma água das pedras fresca. Ainda trocou mais umas palavras com o dito cujo e então manuseou a cimbalina. Sentei-me na esplanada do pré-fabricado - perdão, estabelecimento comercial ... - e iniciei um sudoku ecologista - significa isto que tenho um smartphone com uma aplicação que visa gerar esquemas matemáticos no pequeno ecrã para que se poupem assim algumas resmas de papel reciclado.
Quando julgou pertinente, fez a obséquia de me atender. Pedi-lhe um café para acompanhar uma água das pedras fresca. Ainda trocou mais umas palavras com o dito cujo e então manuseou a cimbalina. Sentei-me na esplanada do pré-fabricado - perdão, estabelecimento comercial ... - e iniciei um sudoku ecologista - significa isto que tenho um smartphone com uma aplicação que visa gerar esquemas matemáticos no pequeno ecrã para que se poupem assim algumas resmas de papel reciclado.
E entrei assim na twilightzone mas versão lusa.
A conversa teria algo a ver com heranças e os seus confinamentos legais só que - e estou seguro de se tratar de um avançado código anti-espionagem - as frases não eram completadas e inadequadas à faixa etária dos personagens. Tão pouco os raciocínios que as toldavam, rivalizavam fortemente com aqueles da morangáda. Vou tentar exemplificar:
A conversa teria algo a ver com heranças e os seus confinamentos legais só que - e estou seguro de se tratar de um avançado código anti-espionagem - as frases não eram completadas e inadequadas à faixa etária dos personagens. Tão pouco os raciocínios que as toldavam, rivalizavam fortemente com aqueles da morangáda. Vou tentar exemplificar:
- Pá... a cena é que isso é marado porque enfim.
- Mas é bom isso do testamento... tens que ver pelo outro lado que pode não ser.
- Olha - e dá-me aí mais um cheirinho já agora... - mas mesmo pela minha filha.
- Pois, é chato é com o namorado que a gente sabe que não vale nada mas ela...né?
- Não é assim sempre. Depende também da papeláda mas um gajo paga e tratam disso assim.
- Eu cá disso não sei nada mas acho que sim.
- Um gajo tem a casa e depois pode não ter.
- Ou elas ou tu mas alguém tem sempre a chave.
- Pá claro! Mas tem é que ficar escrito porque é assim, tipo, tás-a-ver né?
- Isso já não sei se será.
- Depois de lá estar venha quem vier...
- Eu por mim é sempre o melhor mas isso sou eu.
- Já ouvi falar de casos que não dava mesmo e depois olha...
- Eu nem imagino cruzes! Já tentei mas tenho medo de ficar sem ela.
- Fónix!!! - dá aí mais um tracadinho -
Timidamente e esforçando por me escapulir ao diálogo, procurei por um WC. Não havia nada parecido. Pela áreas e perímetros pareceu-me que faltaria um meio metro quadrado num dos cantos e que talvez lá estivesse uma porta. Fiquei à nora pois com aquela área teria obrigatóriamente que me encostar a alguma coisa e, ainda com o Sudoku inacabado, não sabia bem se deveria interromper o diálogo daqueles dois monstros, desligar o PDA ou fazer xixi depois.
Fui-me embora mas não sem antes pousar a chávena e o copo - já vazios - sobre o balcão, não fosse um dos agentes secretos saltar para trás do mesmo e aparecer já camuflado, de caçadeira em punho apanhando-me incauto e desarmado, pronto a solicitar-me o último fôlego. Não me agredeceu e nem o esperava.
Fui-me embora mas não sem antes pousar a chávena e o copo - já vazios - sobre o balcão, não fosse um dos agentes secretos saltar para trás do mesmo e aparecer já camuflado, de caçadeira em punho apanhando-me incauto e desarmado, pronto a solicitar-me o último fôlego. Não me agredeceu e nem o esperava.
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