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sábado, 30 de julho de 2011

Dia 0 - Não ha duas sem três


Nota Introdutória:

Tenho um hábito comum a muitos dos pseudo viajantes que poraí deambulam... o de levar um pequeno caderno para assim tomar notas das vivências em terras além fronteiras. Fui-me apercebendo que só assim seria capaz de recordar pormenorizadamente determinados episódios ou passagens. É chato ter depois que transcrever páginas infindáveis de forma a imortalizar memórias mas, há sempre a chance de lá mais para o futuro inventarem uma máquina de forma a rescuscitarem quem tão graciósa e generósamente partilhou experiências com os demais.... ou isto ou meter uma dose nojenta de inveja a demasiados.


O pequeno meio-metro das Maldivas - Sultan's

Preâmbulo:


Resolvi este mês quebrar uma velha promessa - a de não mais regressar às Maldivas.
Estive cá em 2003 e correu tão bem que resolvi repetir a dose no ano seguinte. Só que o crowd havia duplicado e assim ultrapassado todos os parâmetros razoáveis - e os meus são de facto mínimos - dentro de um contexto de quem investe por inteiro o subsídio de férias.

Aguardei alguns anos que me convidassem para algum destino sedutor. Tenho-me em conta - assim como tantos outros - como uma besta, mas daquelas que consegue ser agradável e bom - ou vá assaz - agradável e justo companheiro de viagem. Mas a verdade é que o supracitado nunca me foi proposto.

Depois de comunicar em casa que queria surfar algo que me auxiliasse na árdua tarefa de recompor o ego - contextualizando surfisticamente claro... - a minha mulher informa-me que pretende ir e que adocivava ainda mais a sua ida com a aquisição de uma lente de 300mm de forma a imortalizar-me as modestas performances. E fê-lo desta forma singéla: '-Eu vou contigo. Ponto.' Tentou-me ainda dar a volta ao destino já traçado pois não pretendia repetir as Maldivas, tentando-me em fazer-me a mim repetir a Indonésia. Não logrou no entanto alcançar sucesso dado que as minhas pretensões eram simples: ondas fáceis, quentes, sem crowd e a não mais de 12h de distância.

Convidei bastantes mas poucos vieram. No entanto bons: os meus compadres e um amigo de longa data. Tentei - literalmente - ao longo de uma vida convencer o Carlos que surfar em corais compensaria alguma falta de jeito que de facto temos em comum. O problema resumia-se - à semelhança de tantos outros - de querer viajar mas manter a quantia de €€€ na conta. Talvez o facto de não se sentir muito à vontade em fundos de rocha o tivesse também levado a declinar durante anos os fundos de coral. Já o Pedro por seu lado é um habituée destas andanças. É a sua 4ªvinda e convenço-me que não a última...

A viagem é um massacre e o corpo já chorava por clemência. Com o avançar da idade deixei de ser um fervoroso fã de aeroportos. Ainda gosto de mega estruturas, dos aviões e de observar a vida própria que estes locais possuem: o corropio de pessoas, os stressados, as jeitózas e a panóplia de gente que trabalha porali apenas porque os aviões sobem, voam e descem. Lisboa a Barcelona, daqui a Doha e de lá até Malé. Tudo em menos de um dia mas perdendo 4h em fusos horários sucessivos.

A semana precedente foi de loucos: o trabalho/calvário, aniversários diversos e festas inerentes, compromissos e um sem número de notícias que fariam chorar a mais insensível pedra de calçada: começando pela economia, passando pelos assaltos e acabando nas vítimas de acidentes rodoviários.
Eis que senão tudo se encaixa quando sobrevoamos - tal águia real - os diversos atóis na aproximação à pista.


Aterrámos e as pranchas aparecem pouco depois. Um simpático colaborador da TakeOff encaminha-nos para o Doni (pequeno barco de apoio) informando-nos que o barco fora trocado: mantém-se o Ensis enquanto nome mas a designação para o apelido passara de Felicity para Bounty... assegura-nos que são iguais por dentro variando apenas por fora dado que um está pintado e o outro não.



Ao aproximarmo-nos verifico o mau aspecto da nau mas o susto diz apenas respeito ao exterior pois as cabines são grandes e muitas e o verniz marítimo brilha ostenciósamente um pouco por todo o barco. 28mts de barco para 5 curiosos. O móte estava dado, fomos procurar ondas...





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